domingo, 22 de agosto de 2010

tudo é sempre agora





Acho comum intuição
bem como sofisticação.
Acho comum dialogar
com o inconsciente.
Acho o comum bom.
Fantasmas da pele,
pensar, olhar,
olhar, pensar.
Cavo espaços
fingindo acreditar,
não no sentido de mentir,
mas de poder criar.


E assim sonho:
“tudo é sempre agora.”
O blog tectônicas começou em 2008 como blog da sol por força de Ignez Ferraz, arquiteta, designer, leitora de poesia. Ignez já tinha lido Ventanias (1997, Ed. Sete Letras) e Tectônicas (2007, Ed. Bem-Te-Vi), quando um dia nos encontramos, por acaso, no restaurante de crepes franceses em Copacabana. Sendo que, pela manhã, já havíamos nos esbarrado numa livraria em Ipanema. Nessa noite, ela me convidou para escrever um blog e publicar no seu site. Eu lhe disse que não navegava muito na internet e não sabia como poderia fazê-lo. Ela respondeu: “não tem problema, você escolhe uns poemas e umas fotos bem legais, me envie que eu edito.” Editora nata, creatrice incansável, ela ainda falou: “se quiser pode escrever sobre outros assuntos.
Naquela época eu estava lendo o livro “Sobre o Amor” do Leandro Konder (Boitempo Editorial, 2007) e, influenciada por ele, e pelas aulas de roteiro com o Claudio Mc Dowell no POP, comecei o primeiro post com o verso de Vinicius como título, o poema “Classificados” e uma fala de Mastroianni no filme 8 e ½ de Fellini.
Sumário



1 é melhor ser alegre que ser triste 2 existirmos, a que será que se destina 3 pra que rimar amor e dor? 4 como assim? umbutu e surrealismo 5 sonho e utopia, o sentimento do mundo 6 cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é 7 eu deveria ter cantado, encontro com Zaratustra 8 eu vou pra Maracangalha eu vou 9 a primavera chegará 10 o tempo passou na janela 11 deixa a vida me levar 12 se essa rua fosse minha 13 assim é se lhe parece 14 o sorriso ao pé da escada 15 meu coração não se cansa de ter esperança 16 Darwin e a elegância do ouriço 17 manhã tão bonita manhã 18 por isso uma força me leva a cantar 19 disse alguém que há bem no coração 20 você conhece albertina? 21 a vida não é filme, você não entendeu 22 apanhei-te cavaquinho 23 dias vermelhos, Rosamundi e o universo feminino 24 Szymborska toda, Wislawa pura 25 e o tico-tico só, o tico-tico lá 26 hoje eu não quero sofrer, hoje, eu não quero chorar 27 o sal da língua, a palavra mágica 28 vida, vida, vida, vida vida bandida! 29 já conheço os passos dessa estrada 30 quando você se requebrar caia por cima de mim




O vídeo foi feito por Malu de Martino em 1997, com poemas do livro Ventanias (Editora Sete Letras, 1997). Em outubro, o segundo longa de Malu estará nos cinemas: “Como Esquecer”.
Agradecimentos a Samir Abujamra por colocar o vídeo poesia ventanias no You Tube.
* e Título: "Tudo é sempre agora", Neide Arcanjo, Ed. Maltese, 1994