Noite,
pássaros de
origami,
bonsais,
menu de praias.
Bloquinho,
35 centavos,
solução para
desaguar
num prato limpo,
caro,
a estreiteza
de um lapso
fatal,
fragilidade
d’alma
diante do peso de
máquinas.
Lapso fatal, poema publicado em Tectônicas, Ed. Bem-te-vi, 2007
É muito bom ter
saudade de algo que está ao nosso alcance. Por exemplo: tenho saudade de
escrever em caderno bonito. Ultimamente tenho escrito direto no computador,
quando escrevo à mão, uso um bloquinho.
Tenho saudade de
pessoas queridas que estão longe, falo no telefone, escrevo um e-mail, marco um
encontro. Alguém me pergunta: mas, e se a pessoa morreu, como matar esta
saudade? Procuro pensar nas qualidades, transformar a dor da saudade numa bela
nostalgia.
foto g secchin
O gesto estúpido é
inconsequente.
O gesto estúpido
é calculista?
– Só os piores.
Em momentos certos
Em momentos certos
ou errados,
todos somos
estúpidos.
– Existe momento
certo?
Amo os plurais,
ainda que obtusos.
Escrevo certo
por linhas tortas
como um deus.
Escrevo errado
como qualquer um.
Em tempo de
disparidades anônimas,
cargas implodem.
Impetuosidade vem
a salvar,
dos morrões,
das montanhas,
dos deuses
relapsos.
foto g secchin
Interessante
repassar,
poder ver de
outro modo,
o instante que parecia
perfeito,
o palco concreto,
outros momentos
se aperfeiçoam,
ganham colorido
diverso,
como se a casca
da noz quebrasse
e ali não fosse o
oco,
mas um poderoso
combustível.
Sem medo de dar
errado,
as tentativas se
ampliam
num plural
inconformado,
transferindo ao
movimento
sua humana
desarmonia.
Deuses relapsos e Evolução são poemas inéditos
Título: Azul da
cor do mar de Tim Maia
Como assim último post? Está se despedindo? Espero que não... Gosto tanto de te ler!
ResponderExcluirUm beijo
Adriana
Tambem nao entendi, Tutu? Eh o ultimo no sentido do mais recente ou o ultimo pra valer mesmo? Eu vivo com saudades! Bj grande
ResponderExcluirMinhas queridas, é último no sentido de última página publicada aqui, vou continuar... saudades das duas, beijos.
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